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Reeducação espiritual. Seja um cientista experimental

Autora: Cristina Sarraf

No processo evolutivo, as fases, as etapas, os períodos, as espécies, as experiências… tudo se caracteriza por ser, também, um processo educacional.

Educação processada por instintos, por emoções, por percepções, por dores, por sofrimento, por sucessos, por reconhecimento, por inteligência, por vontade, por reciclagens e por reestruturação.

Cada fase, etapa, situação evolutiva, traz uma intrínseca condição evolucional, cujo aprendizado, maior ou menor, depende também das motivações pessoais; isso como humanos, porque interferimos com nosso psiquismo, interesses, preconceitos e ego.

Porém, o processo educacional, seja familiar, formal escolar ou espiritual, ocorre por sedimentação do que é aceito, criando sinapses neuronais, mecanismos fisiológicos e hábitos mentais. Os quais, ou se fixam para toda vida – quando não por vidas – ou sofrem alterações, quer sejam naturais, pelas necessidades, ou escolhidas por consciência e maturação.

Doença, problemas, estudos, idade física, situações familiares, profissionais, sociais são causas de novos aprendizados e alteração do substrato educacional existente. Para melhor ou para pior.

Não que possa haver involução espiritual, mas ocorrem deslizamentos, causados por medo, paixões, orgulho, falsa noção de si… Também por realinhamento com as verdades interiores, até então não desafiadas nem postas à prova e, portanto, frágeis, aparentando serem fortes.

Esses tsunamis mentais, muitas vezes absolutamente necessários para a criatura “acordar” em si, podem ocupar tempos para um reajuste, porque este depende da possível reeducação espiritual. Ou seja, de haver condições psíquicas para mudanças, renovações, acréscimo, eliminação, reajustamento de ideias, conceitos, entendimentos e lucidez.

Caso as renovações sejam por maturação e consciência, serão “passos” de gigante no entendimento de si mesmo; no reconhecimento de como pensa, sente e age; na coragem de se ver como é e empreender uma reestruturação mental, emocional e comportamental.

O empreendimento da própria reeducação espiritual implica em testar, em si, tudo que sabe ou aprende ou revê; analisando e observando-se nos resultados, sentimentos, sensações, fraquezas e fortalezas. O que é uma postura científica: tornar-se um cientista experimental espírita! Ser um cientista experimental espírita é aplicar em si o que o Espiritismo lhe oferece de informações e de recursos, para se reeducar à luz das próprias possibilidades atuais de crescimento e evolução consciente, no entendimento da Vida.

Jornal do NEIE

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