O livro dos Espíritos
Versão ilustrada desenvolvida pela equipe Juventude Espírita. Os textos e a disposição dos elementos foram mantidos inalterados, tornando-a adequada para uso em reuniões de estudo nas Casas Espíritas.
Estrutura
- Para quem é esta obra
- A elaboração de O livro dos Espíritos
- Sobre Allan Kardec
- Edição e versão da tradução
- Dúvidas e contato
1 – Para quem é esta obra
Embora não haja uma classificação etária específica para a leitura deste livro, recomendamos que ele seja lido por jovens a partir de 15 anos, bem como por adultos e idosos, para uma melhor compreensão. Este é o tipo de obra que deve ser lida e relida ao longo da vida, pois contém os princípios do Espiritismo.
2 – A elaboração de O livro dos Espíritos
Em abril de 1857, Allan Kardec publicou o primeiro livro da coleção composta de cinco obras formando a base da Doutrina dos Espíritos: O Livro dos Espíritos.
A edição inicial possuía apenas 501 perguntas com suas respectivas respostas, alinhadas em duas colunas – pergunta à esquerda, resposta à direita.
Mais de dez médiuns prestaram seu concurso a esse trabalho. E foi da comparação e da fusão de todas essas respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes refeitas no silêncio da meditação, que a primeira edição de O Livro dos Espíritos foi elaborada, em aproximadamente 20 meses.
O sucesso desta publicação foi enorme, à época, e decorridos aproximadamente três anos, o autor lançou o que se convencionou ser a edição definitiva em março de 1860 com um total de 1019 perguntas, numeradas e divididas em 4 partes, 23 meses após a publicação da primeira edição.
Embora considerada a edição definitiva, sabe-se que Allan Kardec realizou pequenas alterações, seja por acréscimos, modificações ou supressões até a 12ª edição da obra, publicada em 1864.
A Introdução possui 17 itens, sendo acompanhada na sequência pelos Prolegômenos, um texto iniciado por Allan Kardec e finalizado pelos Espíritos Superiores, tais como: São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, o Espírito da Verdade – segundo o nosso entendimento Jesus Cristo -, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, entre outros.
O livro inicia pela metafísica, passando depois à cosmologia, à psicologia, aos problemas propriamente espíritas da origem e natureza do espírito e suas ligações com o corpo, bem como aos da vida após a morte, para chegar, com as leis morais, à sociologia e à ética, e concluir, no Livro IV, com as considerações de ordem teológica sobre as penas e gozos futuros e a intervenção de Deus na vida humana. Ao final do livro, na Conclusão, há um texto com 9 itens assinados por Santo Agostinho.
Allan Kardec não publicou todo material que já possuía na segunda edição, decidiu aproveitar o restante das instruções dos Benfeitores para publicar, em 1861, O Livro dos Médiuns, que segundo afirmou deveria ser considerada a continuação ou o complemento de O Livro dos Espíritos.
Para elaborar este livro, o prof. Rival iniciou os trabalhos em 1855, observando o fenômeno das mesas girantes, então na moda no continente europeu, quando as pessoas se comunicavam com os mortos por intermédio de pancadas provocadas pelos pés daquelas mesas. O poeta Victor Hugo era frequentador assíduo destes encontros e chegou a escrever que “negar a atenção a que tem direito o fenômeno espiritual é desviar a atenção da verdade”.
Pela cuidadosa observação, registro, catalogação e colocação em ordem por assuntos das mensagens que possuía e que foram recebidas logo após ele se convencer da realidade dos fenômenos, foi construindo pouco a pouco a obra anteriormente mencionada e publicada em 1857 o que seria considerada a obra mais fundamental de todas.
Logo após o público tomar conhecimento das ideias e ideais espíritas, muitos se interessaram vivamente e passaram a se reunir em grupos para estudar e praticar o Espiritismo recém revelado à Humanidade.
De imediato, houve um brutal aumento na chegada de informações do plano espiritual, pois várias reuniões mediúnicas com este fim foram formadas e muitos textos passaram a ser elaborados por incontáveis duplas de médiuns-Espíritos e enviados, sistematicamente, para a análise de Allan Kardec.
Foi o próprio Allan Kardec que informou sobre a existência de quase mil centros espíritas sérios, espalhados ao redor do mundo, que enviaram dezenas de milhares de mensagens do além sobre os mais variados temas e assuntos, formando a base para a consolidação deste livro e dos outros quatro subsequentes: O livro dos médiuns, o Evangelho segundo o Espiritismo, O céu e o inferno e, por último, mas não que seja menos importante, A gênese.
É de notar que estes outros quatro livros, são desdobramentos de O Livro dos Espíritos, cada um expandindo um grupo de ideias apresentadas no primeiro.
Uma curiosidade interessante surgiu quando Rivail acabou de editar as perguntas, surgindo um problema: qual seria o título e quem deveria assinar a obra? Como não se considerava autor, e sim um organizador, intitulou de: O Livro dos Espíritos. Mas alguém precisava assiná-lo. Rivail consultou os Espíritos e uma entidade sugeriu o nome de Allan Kardec, porque esse tinha sido o nome que Rivail teve numa existência passada, na condição de ex-sacerdote druida. Assim surgiu o nome bem conhecido de todos.
Apenas para registro, de fato a obra espírita também se constitui de doze volumes de revistas mensais sobre o Espiritismo – as Revistas Espiritas -, que Allan Kardec começou a publicar a partir de janeiro de 1858, entre outros livros menores, tal qual O que é o Espiritismo publicado em 1859.
Toda a obra espírita foi completada em aproximadamente doze anos.
A primeira tradução para o português foi elaborada por Joaquim Carlos Travassos (1839-1915), pseudônimo Fortúnio, tomando por base a 20ª edição francesa, em 1875 após dezoito anos de seu lançamento.
Este trabalho gigantesco de compilação só foi possível ser conduzido por um Espírito de considerável evolução, seguramente um Espirito superior, escolhido pelo Dedo de Deus.
3 – Sobre Allan Kardec
Allan Kardec nasceu em Lyon, França, em 3 de outubro de 1804, e faleceu em Paris em 31 de março de 1869. Sua figura é amplamente discutida na literatura, com várias biografias detalhadas sobre sua missão.
Antes de 18 de abril de 1857, data em que publicou seu influente trabalho “O Livro dos Espíritos”, iniciando a codificação do Espiritismo, pouco se conhecia sobre sua vida. No entanto, esse marco deu início a uma jornada notável.
Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, seu nome verdadeiro, era conhecido como “Hippolite” na família, “Professor Rivail” na sociedade e “H-L-D Rivail” na literatura. Desde jovem, foi mestre em Ciências e Letras, bem como um autor reconhecido de livros didáticos. Sua obra espírita foi escrita sob o pseudônimo de Allan Kardec.
Rivail destacou-se na profissão para a qual foi educado na Suíça, seguindo os passos do renomado pedagogo João Henrique Pestalozzi. Em Paris, ele sucedeu o próprio Pestalozzi.
Aos 51 anos, Kardec iniciou sua dedicação à observação e estudo dos fenômenos espíritas, baseando-se em sua reputação de homem culto e íntegro. Ele publicou uma série de obras importantes, incluindo “O Livro dos Espíritos” (1860), “O Livro dos Médiuns” (1861), “O Evangelho segundo o Espiritismo” (1864), “O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo” (1865) e “A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo” (1868), completando assim o pentateuco do Espiritismo.
Para sua monumental tarefa de codificação, Kardec contou com a colaboração de médiuns como Caroline Baudin, Julie Baudin e Ruth Celine Japhet, entre outros. Esses médiuns desempenharam papéis cruciais na compilação e ratificação dos ensinamentos espíritas.
A personalidade de Kardec era marcada por sua cultura excepcional, sua ponderação e sua profunda devoção à verdade. Ele era conhecido por sua precisão e simplicidade na comunicação, bem como por sua postura educada e respeitosa.
Kardec não adotou nenhuma religião em particular, preferindo situar-se como livre pensador. Ele viu no Espiritismo não apenas uma criação humana, mas uma revelação divina destinada a complementar os ensinamentos cristãos em uma época de crescente materialismo e rigidez dogmática.
A contribuição de Kardec para a codificação da Doutrina Espírita o coloca entre os grandes missionários e benfeitores da Humanidade. Apesar das adversidades enfrentadas, ele nunca vacilou em sua missão de esclarecer os mistérios da vida e da morte sob a luz da razão e do amor ao bem.
Clique aqui para conhecer a biografia detalhada.
4 – Edição e versão da tradução
A edição e a versão da tradução são as mesmas disponibilizadas no portal Kardecpedia. Os textos foram extraídos de lá.
5 – Dúvidas e contato
Se você tiver dúvidas, elogios, sugestões ou quiser relatar algum problema com o materail, favor entrar em contato através do e-mail disponível em nossa plataforma. Estamos sempre disponíveis para auxiliá-lo e melhorar sua experiência de aprendizado.
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