Autor: Ricardo Orestes Forni
Analisando a situação do planeta Terra como um todo podemos considerar que as coisas estão boas?
Não, não estou procurando assoprar a brasa do pessimismo quando tantos alertas do plano espiritual superior têm chegado pedindo que não façamos sintonia com o mal, com o desânimo, com a ideia de derrota, esquecendo-nos de que Jesus está no comando do planeta.
Apenas faço esse convite para a análise da situação mundial mencionando a desonestidade, o desamor, a impunidade, a corrupção, as guerras, os atentados terroristas, para desenvolver o raciocínio se queremos consertar esse mundo que se nos apresenta de forma tão lamentável nos dias atuais.
E então, vamos consertar o mundo? Quem deseja que assim aconteça, siga-nos no raciocínio que iremos desenvolver.
Vou pedir ajuda ao apóstolo Paulo em Romanos, 12:2.
Diz ele: “E não vos conformeis com este mundo…”
Eis aí o apóstolo dando razão a todos os que não se conformam com a situação atual do planeta Terra e desejam consertá-lo, melhorar as condições para todos indistintamente.
Só que agora vou completar a frase dele: “…, mas transformai-vos…”
Mudou tudo, não é mesmo? Para consertar esse mundo do qual tanto reclamamos, criticamos, vibramos contra, existe uma condição fundamental: a nossa transformação, porque o globo terrestre está como está porque os homens são como são, ou seja, violentos, corruptos e corruptores, desonestos, agressivos, cultivam o ódio, não sabem amar verdadeiramente e vai por aí afora num desfile bastante longo de imperfeições das quais ainda somos portadores e que, muitas vezes, não combatemos.
Por exemplo: quando o pai ou a mãe ensina o filho a mentir quando o telefone toca dizendo a quem está do outro lado da linha que esse pai ou essa mãe não estão no momento para atender, isso é agir desonestamente.
Quando diminuímos a velocidade na rodovia ao perceber a presença de fiscalização e depois continuamos a correr acima da velocidade permitida, isso é desonestidade.
Perante a declaração de nosso imposto de renda estamos de consciência tranquila ou pedimos ao escritório de contabilidade que dê um “jeitinho” para pagar menos imposto? Isso é desonestidade. E ressalte-se que não vale a desculpa que sofremos uma taxação das maiores do mundo porque isso é problema daqueles que assim decidiram e irão responder perante a própria consciência.
Quando saímos um pouco antes do horário permitido de nosso trabalho dando aquela escapada ilegal, isso é desonestidade.
Quando despejamos no trânsito o vocabulário que lembra toda a família do outro motorista que nos deu uma “fechada” ou coisa semelhante, isso é violência.
Em nosso ambiente de trabalho, quando somos o arauto do pessimismo com aquelas notícias “quentes” de última hora, isso é colaborar com a perturbação do ambiente.
Quando dizemos que não levamos desaforo para casa, isso é ser adepto da violência.
Ora, o mundo é composto por cidadãos do planeta Terra. Como poderia estar em melhor situação?! Quem povoa o nosso globo terrestre não são alienígenas, são cidadãos que vivem e convivem nessa abençoada escola em que a reencarnação nos situou por um ato da misericórdia de Deus. Como poderia estar melhor se o mundo íntimo de cada ser humano ainda carrega imperfeições como as mencionadas?
Portanto, o apóstolo Paulo está pleno de razão: não devemos nos conformar com o mundo, mas essa inconformação deve ser manifestada conosco mesmos, transformando-nos para criaturas melhores!
Ensina Emmanuel no livro Palavras de Vida Eterna, capítulo “Combatendo A Sombra”, o seguinte: “O apóstolo (Paulo) divinamente inspirado adverte-nos de que, em verdade, não nos será possível a tácita conformação com os enganos do mundo, tanta vez abraçados e espontaneamente pela maioria dos homens, no entanto, não nos induz a qualquer atitude de violência”.
Parece-me perfeita a receita de Paulo. Não adianta sair às ruas com as mais variadas atitudes de violência para demonstrar o nosso desagrado perante a situação do país. O que temos que fazer é essa “guerra” interior contra nós mesmos para eliminar nossas imperfeições, origem de todo o desequilíbrio que nos incomoda.
O que é necessário é combater o bom combate como também nos recomendou o apóstolo. E que combate melhor do que a luta contra as imperfeições que ainda se encontram dentro de cada um?
E então: vamos à luta?
O consolador – Artigos