Autor: Wil Oliveira
O termo “complexo de inferioridade” foi criado Alfred Adler, um psicólogo austríaco (1870-1937), para indicar a ausência de autoconfiança, ou seja, a falta de confiança em si mesmo, pela qual o indivíduo é assolado por sentimentos de insuficiência, incapacidade e fracasso em algum(s) aspecto(s) de sua vida, seja pessoal, familiar, social, afetivo, profissional …
A falta de confiança em si mesmo é para o Homem a causa de não seguir em frente, não lutar, pois acredita que não pode vencer.
A dúvida quanto ao sucesso ou fracasso em qualquer situação sempre existirá, porém, a falta de autoconfiança poderá ser fator decisivo, não para o sucesso, mas para o fracasso.
Na infância o Espírito assimila ensinamentos, estímulos e motivações. Os responsáveis por isso, de uma maneira geral, são os pais, a família, o meio social em que está inserido e a escola.
Enquanto criança, todos recebem impressões variadas acerca de si mesmo, sejam positivas, ou não.
Negativas, tais como: “Você não aprende nada”, “Você é burro”, “Você não sabe fazer nada”, “Você não serve para nada”, “Você não vai ser ninguém na vida” … geram más impressões que podem perdurar por toda a infância, adolescência e vida adulta, repercutindo em crenças, ideias erradas e desmotivadoras.
Da mesma forma, estímulos do tipo “Você pode aprender tudo o que quiser”, “Você é um ser inteligente e está desenvolvendo a sua inteligência”, “Você ainda não sabe fazer isso, mas pode aprender” … vão causar crenças e impressões positivas. Ajudam a ter confiança em si e a aprender a garantir-se nas dificuldades.
Sabemos que qualquer que seja a sugestão, ela só é aceita pelo uso do livre-arbítrio, porém, uma vez aceita a ideia de ausência de capacidade, de inferioridade, é como se fosse uma semente guardada no vaso de pensamentos e poderá germinar e construir um obstáculo, ainda que invisível, que pode bloquear vários caminhos e experiências.
A falta de autoconfiança tem sua origem em primeiro lugar na inferioridade dos Espíritos, visto que estamos na terceira ordem da escala proposta em O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec. E em segundo lugar, vem das influências que recebemos durante todo o processo evolutivo, ante as quais podemos resistir, ou não, de acordo com nosso modo de pensar, que determina o arbítrio.
Como sugestão para estimular a confiança em si mesmo ou autoconfiança, podemos citar alguns pontos:
Você é um Espírito em evolução e o seu valor é maior do que pensa.
Você passa por diversas experiências e faz o melhor que pode em cada circunstância.
Você não precisa se comparar aos outros, pois é um Espírito individualizado, com características e história próprias.
Você pode concentrar todas as suas energias para criar, sustentar e concretizar o que quiser, inclusive a ideia de confiança em si mesmo.
Você pode começar a vencer pequenos obstáculos e ver o quanto é capaz.
Você pode agir como se tivesse confiança dentro de si e a confiança real surgirá e ocupará seu espaço.