Autor: Augusto dos Anjos (espírito)
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Uma voz. Duas vozes. Outras vozes.
Milhões de vozes. Cosmopolitismos.
Gritos de feras em paroxismos,
Uivando subjugadas e ferozes.
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É a voz humana em intérminas nevroses,
Seja nas concepções dos ateísmos,
Ou mesmo vinculada a gnosticismos
Nos singultos preagônicos, atrozes.
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É nessa eterna súplica angustiada
Que eu vejo a dor em gozos, insaciada,
Nutrir-se de famélicos prazeres.
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A dor, que gargalhando em nossas dores,
É a obreira que tece os esplendores
Da evolução onímoda dos seres.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo